“Amou, perdeu-se, e morreu amando. É a história.” – Escreveu Camilo Castelo Branco, um dos maiores romancistas que Portugal já conheceu, na introdução da sua obra “Amor de Perdição”.

O “Amor de Perdição” faz-nos entrar em Portugal em pleno século XIX, imaginar as cidades, sentir os cheiros, odiar e amar as personagens, vivenciar em primeira mão o sofrimento, a ansiedade e o significado do verdadeiro amor.

Arrisco-me a dizer que foi dos livros mais emotivos que já li. Uma autêntica reivindicação do amor, uma autoconfissão de desespero, uma história apaixonante do princípio ao fim.

É um livro, mais do que isso, é uma experiência de vida relatada em detalhes que nos cativam a cada palavra. Sentimos o narrador tão próximo que parece que nos conta a história ao ouvido. As personagens tornam-se reais e, sem nos apercebermos, envolvemo-nos numa espiral de sentimentos que nos deixam cada vez mais agarrados à emoção de saber o que acontece a seguir.

É um livro que me marcou e que incentivo veemente a ser lido. É uma obra inesquecível, que nos deixa, muitas vezes, sem saber o que dizer, mas que nos ensina que no final, o coração torna-se “indiferente ao destino da nossa cabeça”.